Foto: blog Penso, logo feministo |
Tenho andado
pensando sobre a minha infância. Pensei sobre a época da escola. Pensei,
pensei. Com o passar dos anos, vi que gênero é uma construção social, eu posso
desconstruir e construir novos olhares, a partir das diversas identidades de
cada pessoa, você aí também pode. Afinal, temos que ter liberdade para ser o
que somos. E assim, sou.
Ah, sei lá, deve
ter sido na 2º série do ensino fundamental, na escola da fardinha verde - assim
como era conhecida - de onde tenho a primeira lembrança de ser incluída no “ele”.
Desde criança sempre me questionei: por que chamar, por exemplo, em uma sala de
aula, os meninos e meninas de “eles”. “Eles estão fazendo a lição”; “Eles
estarão no recreio daqui a meia hora”; “Eles já estão liberados”. Mas,
professora, eu sou menina. Mas também podia me chamar de criança.
Na minha sala só
tinha um, dois, três, quatro meninos, não importa o número, o fato é que a
maioria sempre foi feminina. Mesmo assim, meninos e meninas eram colocados em
uma categoria. Qual foi a escolhida: homem, homem. Apenas um em meio a todas já
basta. Sim, isso mesmo. Engajadas(os) com a desconstrução do gênero e da
sociedade machista utilizam várias formas: agricultorxs, agricultor@s, agricultoras
e agricultores.
Talvez eu tivesse
que me refazer em meio ao espaço escolar, naqueles anos que eu tinha oito anos.
Só mais uma para quem atua na educação de ensino básico: existem questões de gênero
na escola e ali há crianças em idade de formação, essa irá refletir nos seus
princípios quando se tornarem adultas. Somos múltiplas identidades.
Qualquer coisa que
não dê valor aos valores machistas!
Liberte sua mente.
Essa não é uma questão inútil! (Carolina
Ferreira)
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